Palmer: a redenção através da luz4 min read

Like
Like Love Haha Wow Sad Angry

Antes de mais nada, quero te perguntar: você já imaginou como seria retornar à sua vida normal, 12 anos após cumprir pena em regime fechado? Essa é a história de Eddie Palmer, interpretado por Justin Timberlake que vou te contar aqui nesta crítica. O protagonista percebe cochichos pelas costas, ninguém quer dar-lhe um emprego, ele não tem como se sustentar e acaba voltando a morar com a avó, Vivian.

No terreno da casa mora Shelly, mãe do menino Sam que gosta de brincar de boneca, usar botas vermelhas, presilha no cabelo e outros acessórios femininos. Como a mãe não é daquelas mais responsáveis, volta e meia o menino fica com Vivian. E assim surge uma amizade entre Palmer e Sam.

Cores e Fotografia

A personalidade de Palmer é de um cara que evidentemente ainda sofre: calado, fechado, não olha nos olhos, não conversa, é duro. Nesse sentido, os ambientes por onde ele circula são sem cor, escuros e combina com as adversidades pelas quais ele enfrenta. Inclusive a casa de Vivian também é fotografada por  Tobias A. Schliessler dessa forma.

Posteriormente, Relutante a aceitar a estadia de Sam na sala de estar de sua avó, Palmer aos poucos vai se abrindo pro mundo colorido, cheio de vida das fadas e princesas que o garoto tanto admira. Aos poucos percebemos mais iluminação e alegria na vida do protagonista.

Além da fotografia, o que tem de melhor em “Palmer”?

Pessoalmente, acho que o filme peca em abordar tantos assuntos, mas sem se aprofundar em nenhum: além do ex-presidiário que precisa ser reintegrado à sociedade, ele também precisa lidar com seu próprio temperamento e os motivos que o levaram a ser preso, tem a criança em busca de sua identidade de gênero e que sofre bullying, os problemas com drogas da mãe, existe um casal interracial, os habitantes da cidade que são hipócritas e posteriormente terá uma questão judicial. Muita coisa, não acham?

A meu ver, teria sido o suficiente destacar a tentativa de redenção de Palmer e sua evolução como ser humano, enquanto se dedica a cuidar do menino. Ainda que fossem apenas estes dois temas, já teríamos uma história pra lá de interessante.

Filmes relacionados

Se você quer ver mais sobre crianças e identidade de gênero, recomendo “Tomboy” de Celine Sciamma, mesma diretora de “Retrato de Uma Jovem Em Chamas”.
Não procure sinopse, simplesmente ligue no Telecine e assista.

Mas caso seu interesse seja nas mães tóxicas, recomendo dois títulos: “Carrie, a Estranha” e “Meu Anjo“. Ambos também disponíveis no Telecine.

Por outro lado, caso você queira ver sobre um bom filme sobre presidiários, recomendo “Bronson”, protagonizado por Tom Hardy.

Disponível na Apple+, “Palmer” é um bom filme, mas faltou um pouco de foco pra ser recomendável. Espero que vocês tenham gostado desta crítica e compartilhe com seus amigos que também podem gostar.

Compartilhe!

Like
Like Love Haha Wow Sad Angry
error: Content is protected
Rolar para cima