Minha crítica de “Um Príncipe em NY 2”, filme da Amazon Prime Video que era muito aguardado pela nostalgia, decepciona em muitos sentidos.
Antes de assistir ao novo “Um Príncipe em NY 2”, eu peguei o anterior e me lembrei como o filme dirigido por John Landis era bom. John, mesmo diretor do clipe “Thriller” de Michael Jackson consegue criar uma comédia romântica realmente interessante e engraçada. Ele faz de Arsenio Hall e Eddie Murphy uma dupla harmônica e realmente engraçados juntos.
Ao contrário da continuação da franquia que pecou em diversos elementos, fazendo um filme pra lá de sem graça e sem motivação. Mais uma daquelas continuações que ninguém pediu e ainda assim o diretor Craig Brewer foi lá e fez.
Filme de comédia que não tem graça nenhuma
Antes de mais nada já deixo claro que o filme não tem a menor graça. E eu vejo assim justamente pelo fato do protagonista parecer estar se aproveitando de uma situação, sendo oportunista e visando interesses financeiros. Ao contrário do filme anterior.
Na verdade, eu poderia ter passado o filme inteiro sem rir porque nem mesmo o Eddie Murphy está engraçado aqui. Muito pelo contrário, em alguns momentos parece até que ele tá com preguiça de fazer o filme. Apesar de ele ser um dos roteiristas, até entendo ele, sabe?!
Além disso, LaVelle não demonstra interesse nenhum na cultura de Zamunda, é desrespeitoso com as tradições e rituais que se apresentam. Assim como sua mãe que também parece só ter interesses econômicos. Nós já vimos zilhares de filmes como estes. Não tem novidade.
Ainda que eu tenha mencionado a falta de entrosamento do protagonista com o local, o filme também não demonstra vontade em mostrar isso com dedicação. É tudo meio jogado, sem capricho e serve apenas para demonstrar o mérito (ou não) de LaVelle se tornar príncipe. E devo dizer muito francamente, que eu não tinha interesse nenhum nele. Péssimo.
O que tem de melhor em “Um Príncipe em NY 2”?
Uma vez que estamos falando sobre Zamunda, se tem algo de bom nesse filme, com toda certeza são os figurinos de Ruth E. Carter, vencedora do Oscar nesta categoria por Pantera Negra. A ideia era fazer esses personagens icônicos parecerem tão majestosos e honestos quanto há 30 anos atrás. Eles também deveriam estar de acordo com o projeto do designer de produção Jefferson Sage sobre materiais, texturas e cores.
Nesse sentido, a fotografia cumpre o papel de simplesmente capturar esses detalhes sem interferir diretamente. Os enquadramentos são clássicos, a iluminação é precisa e exerce a tarefa de nos deixar ver tudo que foi montado para estes cenários.
Em resumo, não gostei de “Um Príncipe em NY 2” e é um filme que não recomendo.
O primeiro é infinitamente melhor. Caso você esteja realmente curioso, assiste e depois me conta o que achou.
