Tempo é dinheiro?10 min read

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Cantor, compositor, ator, produtor, empresário, dançarino e tem uma bela família: Justin Timberlake. Hoje é seu aniversário e escolhi esse filme de 2011 que é um de seus trabalhos que mais gosto.

Justin Randall Timberlake nasceu em 31 de janeiro de 1981, em Memphis, Tennessee, EUA. Logo cedo, aos 11 anos, ele apareceu passou a integrar um programa da Disney, o Clube do Mickey, onde alguns dos seus colegas eram Britney Spears (com quem namorou), Ryan Gosling, Keri Russel, Christina Aguilera e seu futuro companheiro de banda, J.C. Chasez. Aos 14 anos, Justin tornou-se membro da boy band *NSYNC.

Em 1998, o grupo lançou seu álbum de estréia chamado *NSYNC. Eles se tornaram um grande sucesso, tiveram milhares de fãs e conquistaram um lugar no mundo pop da música com uma série de álbuns.

No início de 2002, Justin fez seu voo solo com o álbum, “Justified”, alguns de seus singles de mais sucesso foram: “Like I Love You”, “Cry Me A River” e “Rock Your Body”. De lá pra cá, ele não parou mais: em 2006 lançou o álbum FutureSex/LoveSounds, em 2013 foi a vez de The 20/20 Experience e The 20/20 Experience 2 of 2 e em 2018 seu último e mais modesto sucesso, Man of the Woods.


O Preço do Amanhã” é um de seus trabalhos no cinema de maior sucesso. Seu personagem é Will Salas, um homem acusado de assassinato onde deve descobrir como derrubar um sistema onde tempo é dinheiro e que permite que os ricos vivam para sempre, enquanto os pobres devem implorar por cada minuto de suas vidas.

Will mora numa região nomeada Dayton, de aparência industrial, onde a maioria das pessoas só consegue juntar algumas horas extras. Aos 28 anos, ele conseguiu colocar mais três anos em sua vida, porém o custo da respiração sobe quase diariamente. O que o custou uma hora ontem pode tirar duas horas de sua vida amanhã.

Dayton


A história começa com Will desejando a sua mãe, Rachel (a jovem Olivia Wilde, mesma Thirteen de House), um feliz 50 anos. Os dois vivem em um apartamento artisticamente dilapidado com janelas gradeadas, numa das várias zonas diferentes que constituem a nova ordem política e geográfica.

Livre, porém preso

Will tem pouca noção do mundo além de onde vive, embora tenha ouvido falar de uma zona quase mitológica chamada New Greenwich. Ele tem a chance de ir até lá bisbilhotar o estilo de vida alheio quando um jovem senhor, Henry Hamilton (Matt Bomer, de “White Collar”), transfere um século para Will, um legado que o trará uma nova vida e também bastante dor de cabeça.

Os Timekeepers, polícia local responsável por patrulhar possíveis ladroes de tempo, liderados por um excelente Cillian Murphy, como Raymond Leon, tentam culpar Will pela posse indevida de seu tempo e o segue até New Greenwich, local abastado onde todos se movem tão lentamente quanto tartarugas porque, sim, eles têm todo o tempo do mundo. Lá conhecerá Sylvia (Amanda Seyfried), uma mocinha de olhos vermelhos e estilo anime cujo pai (Vincent Kartheiser, de “Mad Men”) ajuda a controlar o mercado de tempo global.


A partir daí temos diversas cenas de ação, muito bem filmadas por sinal e uma enorme correria por tempo. Ou seria contra o tempo?!

Cores e Fotografia

A paleta de cores é baseada nas cores cinza, branco, verde e dourado.

Podemos perceber que as cenas que se passam na zona New Greenwich, que pertence àqueles mais endinheirados, é inundada de cinza, branco e azul, temperatura fria e pouca saturação. Isso se deve à infelicidade e melancolia que a maioria dos habitantes vive. Em conversa com Henry XXX, o figurão de 105 anos declarou o quanto era infeliz mesmo tendo tanto “tempo” de vida.

A arquitetura é bem futurista, com prédios espelhados, bancos envidraçados e tudo mais transparente, com metais e cinza.

Em contrapartida, temos o dourado/amarelo em ambientes internos, com iluminação artificial, porem em pouca quantidade. Esse tipo de luz nos dá uma impressão de mais aconchego, mais conforto, pois sua temperatura é mais quente.

Em alguns ambientes temos também a presença de verde, como visto abaixo.

O que o dourado e o verde tem em comum é que representam a riqueza: o amarelo pode representar o ouro, enquanto o verde vem das notas de dólar. Eu gostei bastante dessa ideia, pois a cor está presente sempre que pessoas de muito poder estão em cena, como por exemplo o pai da XXX, quando Will está rico de tempo.

O Diretor de Fotografia é o renomado e premiado Roger Deakins, o mesmo de Blade Runner 2049, Sicario, Onde Os Fracos Não Têm Vez e diversos outros trabalhos dos irmãos Ethan e Joel Coen.

Para “O Preço do Amanhã”, Deakins fez a mudança para o digital, utilizando o, na época (2011), novíssimo sistema de câmeras digitais Arriflex ALEXA. O filme seria apenas o quinto a ser comercialmente lançado nos Estados Unidos com o uso desta câmera. Outros lançamentos incluem o filme de Martin Scorsese, “A Invenção de Hugo Cabret”, “Melancolia”, de Lars Von-Trier, e “The Avengers”, de Joss Whedon.

Os pretos são mais verdadeiros na ALEXA, e esta câmera representou a primeira grande investida da Arri no mundo digital, embora tenha lançado outros equipamentos digitais de nível profissional anteriormente.

No set de “O Preço do Amanhã” haviam monitores grandes calibrados em cores projetando as imagens em gravação com total fidelidade diretamente da câmera, em tempo real. Atualmente, isso pode não parecer muito, mas naquele momento, isso significava assistir o que seria exatamente projetado nos cinemas, uma enorme abertura à experimentação, aceleração da pós-produção e uma enorme economia nos orçamentos da indústria.

Um bom exemplo do que foi dito pelo diretor é esta cena abaixo onde Timberlake abre o cofre do banco e incentiva uma multidão de pessoas a tomar o tempo que quiserem. Não foi uma cena muito vistosa ou complexa, mas o detalhe das sombras e a clareza da imagem saindo da câmera não eram nada que houvesse sido visto antes. Foi a primeira vez em que se viu o digital fazer algo que as câmeras de filme simplesmente não conseguiam.

Pretos iluminados

A Alexa mudou completamente a Direção de Fotografia no cinema, assim como a qualidade de suas imagens. Mesmo àquelas em preto e branco, como vimos em “Roma”.

Fontes: NY Times / Collider

Crítica

Apesar de não ser um filme altamente reflexivo, ele deixa tudo às claras, gostei da ideia de transformar um dito popular, “tempo é dinheiro”, em imagens. Acho que a intrepretação de Justin Timberlake está na medida certa, assim como a de Amanda Seyfried. Eles me convenceram com essa representação de Bonnie and Clyde meio Robin Hood.

Gosto também da forma como as cores e técnicas de filmagem entraram no longa. É um filme que vale pelo entretenimento. Sabe aqueles dias que você só quer ver um filminho pra se divertir e sair com uma sensação mais leve, uma visão otimista da vida?! É isso aí que você vai ver em “O Preço do Amanhã”.

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