Descubra tudo sobre os roteiros de Thomas Vinterberg!4 min read

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Anteriormente, na semana passada, eu falei sobre os personagens que Thomas Vinterberg cria e quem são seus grandes parceiros. Àqueles que desempenham seus protagonistas e coadjuvantes. Hoje vou te mostrar quais são as histórias que estes indivíduos carregam.

Seu grande parceiro nessas narrativas é Tobias Lindholm, dinamarquês, 43 anos que tem uma carreira bem-sucedida até o momento. Além de escrever roteiros ao lado de Vinterberg, ele também escreveu diversos episódios de “Borgen”, série dinamarquesa de sucesso que eu indiquei pra vocês aqui. Ele escreveu não apenas 1 episódio da série da Netflix Mindhunter como também dirigiu outros dois. Além disso, ele dirigiu um longa, chamado “Sequestro” que está muito bem pontuado no metascore e no IMDB. Aliás, o título conta no elenco com uma das grandes estrelas de “Borgen”, Pilou Asbæk. Ademais, “Sequestro” recebeu uma indicação na Mostra Internacional de SP ao prêmio do Júri.

Nesse sentido, Tobias Lindholm deu vida aos roteiros de maior sucesso de Thomas Vinterberg, como “A Caça”, “Submarino” e o recente “Druk”.

Os filmes de Thomas Vinterberg não têm um vilão, crimes, homicídios, violência, pânico nem nada que nos remeta a um suspense, por exemplo. Quando há, é como em “Submarino” que não vemos a ação acontecer. Todo o drama é centrado nos próprios personagens, primordialmente no protagonista. Aliás, esta é uma outra característica: praticamente não existem histórias paralelas. Voltando em “Submarino”, acontece a divisão de protagonismo entre os dois irmãos. Mas, os personagens secundários não tem desenvolvimento ao ponto de criarmos relações com eles.

Os homens que Thomas Vinterberg expulsa

Podemos perceber também que boa parte de suas histórias mostram homens sendo retirados, expulsos de algum lugar. E assim, vemos isso acontecer em “A Caça” quando a escola onde o personagem de Mads Mikkelsen, Lucas, trabalha o demite e todos sem sua volta passam a priva-lo de convívio social. Em “Submarino”, Nick é um indivíduo de difícil trato social, que acabou de se divorciar, ele vive solitário. Por sua vez, em “Kursk”, Mikhail está saindo em missão e deixa sua família. Em “Druk”, a família de Martin o isola, ele é imperceptível. Em “Longe Deste Insensato Mundo”, acontece um acidente na fazenda de Gabriel que faz com que ele precise se mudar.

Ao contrário de grande parte de sua filmografia que é de protagonistas homens, “Longe Deste Insensato Mundo” traz uma mulher, Carey Mulligan no papel central. Ela é a independente Bathsheba Everdene que atrai três pretendentes muito diferentes: Gabriel Oak (Matthias Schoenaerts), um criador de ovelhas; Frank Troy (Tom Sturridge), um sargento imprudente; e William Boldwood (Michael Sheen), um solteirão próspero e maduro. Entretanto, o conto não abandona os homens. Principalmente, o papel de Schoenaerts que ganha destaque dentro da obra. Apesar de ser baseado no livro homônimo de Thomas Hardy, um best seller, Vinterberg consegue imprimir sua marca na forma de narrar o filme. Temos revelações essenciais na abertura, Bathsheba recebe uma notícia e se vê obrigada a deixar a fazenda onde vive, assim como Gabriel; a iluminação, fotografia e a paleta de cores.

Aliás, este é um assunto que vai ficar pro próximo post: como Vinterberg elabora o visual de seus filmes. A terceira e última parte deste especial irá ao ar na próxima quinta-feira, 22-abril. Não perde!
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