O filme vem em momento oportuno, a Netflix soube escolher bem a ocasião de lançamento, com tudo que estamos vivendo, pandemia, quarentena, precisando pensar no próximo, tempos de solidariedade, de empatia. “O Poço” traz personagens confinados e suas consequências em diversas esferas que se apresentam, tais como escassez e fartura, o psicológico, as relações.
Sobre essa questão de escassez x fartura, é possível dizer que estes elementos combinados podem levar à violência, ao caos e a medidas desesperadas. Quando acorda no poço, Goreng está no 48º nível, mas depois de 30 dias será transferido para outro que não se sabe qual. Pode ser no 1º ou ainda mais baixo, pois também não se tem o conhecimento de qual é o último.
E assim, temos um resultado de “dia de muito é véspera de nada” a estrutura concebe nobres e plebeus em situação de igualdade supondo que dessa forma todos tenham a compreensão de se alimentarem apenas do quanto é necessário, porém não é o que acontece.
O filme é bem violento, são cenas bem gráficas, tem sangue jorrando, uma cena com um Dachshund que pra mim foi a pior. Quem segue meu perfil pessoal sabe que meu cachorrinho é dessa raça, além disso, sempre fico tensa quando surgem animais nesse tipo de filme. Mas a coisa já é conduzida errada a partir daí, quando esse fato tem pouca importância dentro da história.
Eu não gostei do filme e parece que quanto mais penso, menos gosto. Acho que o diretor não conseguiu decidir que rumo tomar. Muito claramente o filme traz uma crítica social ao sistema vigente, àqueles que estão em cima, em abundância, mas ao mesmo tempo também bate nos ideais propostos quando leva uma personagem que sugere solidariedade espontânea e outros diversos conceitos do gênero, mas a faz desistir de seu propósito. Talvez pela decepção de ver que não funciona? 🤔
Dentro disso, um aspecto positivo é a forma como este viés é tratado: os outros devem concordar com os ideais de Goreng por bem ou por mal. Alguma semelhança com a realidade ou mera coincidência? É bem peculiar a forma como Goreng se coloca como um autoritário, obrigando os outros presos a irem ao encontro de seus planos impondo-os através do uso de violência.
E assim, temos um resultado de “dia de muito é véspera de nada” a estrutura concebe nobres e plebeus em situação de igualdade supondo que dessa forma todos tenham a compreensão de se alimentarem apenas do quanto é necessário, porém não é o que acontece.
O filme é bem violento, são cenas bem gráficas, tem sangue jorrando, uma cena com um Dachshund que pra mim foi a pior. Quem segue meu perfil pessoal sabe que meu cachorrinho é dessa raça, além disso, sempre fico tensa quando surgem animais nesse tipo de filme. Mas a coisa já é conduzida errada a partir daí, quando esse fato tem pouca importância dentro da história.
Eu não gostei do filme e parece que quanto mais penso, menos gosto. Acho que o diretor não conseguiu decidir que rumo tomar. Muito claramente o filme traz uma crítica social ao sistema vigente, àqueles que estão em cima, em abundância, mas ao mesmo tempo também bate nos ideais propostos quando leva uma personagem que sugere solidariedade espontânea e outros diversos conceitos do gênero, mas a faz desistir de seu propósito. Talvez pela decepção de ver que não funciona? 🤔
Dentro disso, um aspecto positivo é a forma como este viés é tratado: os outros devem concordar com os ideais de Goreng por bem ou por mal. Alguma semelhança com a realidade ou mera coincidência? É bem peculiar a forma como Goreng se coloca como um autoritário, obrigando os outros presos a irem ao encontro de seus planos impondo-os através do uso de violência.
E nessa tendência temos um péssimo terceiro ato, totalmente desinteressante, desconexo dos anteriores. Eu tive a nítida impressão de que o diretor não sabia como fechar o filme, se perdeu e ele acaba com um happy end às avessas, com a nova geração simbolizando a esperança. Tão clichê, tão pouco criativo.
Cores e Fotografia
Na minha opinião, o que “O Poço” tem de melhor é a Fotografia, paleta de cores e uma direção de arte bem precisa, embora não seja nada inovador. Na verdade, nem precisa disto para ser bom, basta sem bem feito. O que é o caso.
Predominância de iluminação artificial fria, existe apenas um ponto de luz amarela em cima da pequena pia que compõe o ambiente, paredes cinzentas, uniformes bege e alto contraste. Assim se forma a estética fria, minimalista e claustrofóbica de um filme de prisioneiros. Bem distante da estilização que assisti em Bronson; mas funciona bem. É visualmente tão nojento e sombrio quanto poderia ser.
Se você tem estômago para cenas de violência e pra gente comendo com a mão, vá em frente, acho que vale a pena, até mesmo pra ter sua própria opinião e depois comentar aqui concordando ou discordando de mim. 😉
Pra mim, é um filme superestimado, que tenta ser Matrix ao abarcar assuntos como filosofia, religião e política; mas sem o refino e a profundidade que a obra dos anos 90 trouxe de forma exímia e atemporal.
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